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Foto: Felipe Dalla Valle (Palácio Piratini)
Com uma base sólida, o governo Eduardo Leite (PSDB) não encontrou dificuldades nestes nove meses para aprovar medidas mais amargas, como a derrubada do plebiscito para a privatização de estatais e a autorização para a venda da CEEE, Sulgás e CRM. Contudo, o pacote que irá para o Legislativo neste mês mexendo em direitos dos servidores testará a base governista, já que promete ser o embate mais forte até aqui com a oposição e com as categorias afetadas.
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Nesta segunda-feira, o governador e seu vice, Ranolfo Vieira Júnior (PTB), além de secretários, tiveram uma longa reunião com 23 deputados aliados e 13 coordenadores de bancada para apresentar o conjunto de medidas que irá para o Parlamento assim que a reforma da Previdência do governo federal for transformada em lei. O Piratini não deu detalhes do pacote, entretanto deve prever o fim da incorporação da função gratificada (FG) para aposentadorias e dos adicionais por tempo de serviço, além da alteração do abono família, atingindo servidores de todos os poderes.
Só com as mudanças nas carreiras do funcionalismo e na Previdência, o governo do Estado projeta economizar R$ 25 bilhões em 10 anos - o valor seria três vezes mais o que renderia a venda do Banrisul. "Sei que a decisão é difícil, mas está se pensando no legado, e não no governo. O governador não representa o governo, os deputados não representam a Assembleia. Ambos representamos o Estado, o povo", argumentou Leite.
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Até o dia 15, o Piratini vai usar o período para apresentar as medidas aos sindicatos das categorias afetadas. Já para a Assembleia Legislativa, os projetos serão enviados até dia 31 de outubro.
Certamente, será o grande embate no Legislativo gaúcho em 2019, já que o pacote retira direitos de servidores, medida antipática, ainda mais que as categorias irão pressionar os deputados, e a oposição aproveitará para desgastar o governo. A favor do Piratini, pesa a enorme crise e mais de quatro anos de salários parcelados.